sábado, 28 de junho de 2014

Constrangido Armando Monteiro deixa convenção nacional do PTB.

O senador e pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Armando Monteiro Neto (PTB), manifestou visível irritação com a oficialização do apoio dado pelo PTB à candidatura do senador e presidenciável pelo PSDB, Aécio Neves (MG), durante a convenção nacional do partido, em Salvador. Armando havia viajado à Bahia unicamente com o propósito de usar a influência para convencer o partido a voltar com o apoio à presidente da República Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição. Após a confirmação do apoio ao presidenciável tucano, Armando Monteiro deixou a convenção. Pernambuco é o único Estado brasileiro onde o PTB tem candidatura própria ao Governo. “Eu merecia do partido um mínimo de consideração, que eu pudesse expressar em uma simples consulta, em um diálogo ou uma conversa”, declarou Armando, nesta sexta-feira (27). A candidatura de Armando, a única do PTB a disputar um Governo Estadual nas eleições de outubro, conta com o apoio de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de ter o PT representado dentro da chapa pelo deputado Federal João Paulo, pré-candidato ao Senado. O senador faz parte dos petebistas que foram contrários ao apoio dado pelo PTB a Aécio.

De acordo com o senador, o PTB teria realizado uma solenidade em maio, onde o apoio à Dilma Rousseff teria sido expressado de maneira contundente. “Eu pergunto: o que mudou verdadeiramente de maio para cá? O que aconteceu que pudesse justificar uma inflexão de 360 graus? Onde estão as explicações? Onde está o posicionamento público do partido? Fica na sociedade a dúvida de como e em que circunstâncias se deu esse novo alinhamento do PTB”, disparou Armando. As declarações de Armando foram rebatidas pelo presidente Nacional da legenda, Benito Gama. De acordo com Gama, a bancada do PTB liderada pelo deputado Federal Jovair Arantes (PTB-GO) se juntou ao blocão do PMDB contra a renovação do apoio à Dilma Rousseff, e se mostrou favorável à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.

 “No almoço com a presidente Dilma, toda a bancada se reuniu antes para tomar o posicionamento contra a reeleição da presidente. Como eu, na condição de presidente do partido, poderia escutar tudo isso tem tomar deliberação?”, questionou. Apesar do apoio ao PSDB em nível nacional, as instâncias estaduais do partido foram liberadas para fazer coligações com o PT, o que deve acontecer em ao menos nove estados, incluindo Pernambuco. O anúncio do apoio a Aécio foi feito em uma nota oficial divulgada pelo próprio Gama para a imprensa no último sábado (21).


 Na ocasião, Benito disse que a ruptura com o PT foi feita por causa de quebra de acordos envolvendo o lançamento de candidatos em Roraima, no Rio de Janeiro, no Distrito Federal e no Piauí. Ao sair da base de Dilma, os petebistas entregaram os cargos que possuíam no Governo, incluindo a vice-presidência da Caixa Econômica Federal. A convenção desta sexta-feira teve a presença de cerca de cem integrantes do partido. A oficialização do apoio a Aécio foi feita por aclamação, sem votação. Durante o ato, também foram apresentados nomes como possíveis candidatos para a vaga de vice do tucano, que ainda não fechou a chapa. Atualmente, o partido tem seis senadores e 17 deputados federais, além de 40 segundos no horário eleitoral. No total, o PTB tem 1,1 milhão de filiados no Brasil. (Política e cidadania) 

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