O
PP anunciou hoje (25) o apoio à reeleição de Dilma Rousseff. A decisão foi
tomada pela Executiva Nacional, em uma rápida reunião no gabinete do presidente
da legenda, Ciro Nogueira. Antes, a convenção nacional havia terminado de
maneira tumultuada com várias lideranças divididas sobre o apoio à candidatura
do PT.
“A maioria
quer o apoio à presidente. Já está sacramentado o apoio”, disse Ciro Nogueira,
depois da reunião da Executiva Nacional. Segundo Ciro, dos 27 diretórios,
apenas dois – Minas Gerais e Rio Grande do Sul – foram contrários na convenção.
“Sempre ouvimos democraticamente a todos. São 27 diretórios e apenas dois se
rebelaram de forma inadequada. A senadora Ana Amélia não é a única membro da
convenção”.
Na convenção
nacional, que ocorreu antes da reunião da Executiva, um grupo liderado pela
senadora Ana Amélia, pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul, e pelo
governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, apresentou uma moção
propondo, a exemplo do que foi feito em 2010, a neutralidade do partido na
disputa presidencial deste ano. A ideia era que oficialmente a legenda não
apoiasse nenhum candidato, e que assim o tempo de rádio e TV da sigla fosse
dividido entre os candidatos.
A divergência
começou quando, apesar dos apelos de vários integrantes, o presidente do PP,
Ciro Nogueira, decidiu não colocar a moção, apoiada pelos diretórios do RS, de
MG, SC, GO, do RJ, AM e CE em votação. Sob muitos protestos, ele colocou em
votação simbólica uma resolução que transfere para a Executiva Nacional do
partido a palavra final sobre o apoio à aliança com Dilma. Em meio a gritos e
vaias de convencionais, Nogueira declarou que a resolução havia sido aprovada e
encerrou a convenção, sem falar com a imprensa. Logo em seguida, o presidente
foi para o gabinete e, pouco depois, anunciou que a Executiva havia tomado a decisão
de apoiar a reeleiçãod e Dilma.
“Nós
entendemos que esta convenção está sem validade, não houve deliberação da
manifestação dos convencionais. Eu penso que essa convenção está sem efeito
legal. Saio daqui não feliz como eu gostaria, não aceitamos um prato feito, uma
convenção de cima para baixo”, reclamou Ana Amélia. De acordo com a senadora, o
grupo pró-neutralidade vai estudar o que pode ser feito para anular a
convenção.
O partido
decidiu ainda que os diretórios estaduais estão livres para formar alianças,
independentemente da aliança nacional.
Na Agência
Brasil

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