UBERLÂNDIA
- A parada da Copa do Mundo não podia chegar em melhor momento para o Flamengo.
Com atuação abaixo do esperado pelo torcedor mais pessimista, o time só perdeu
por 3 a 0 para o Cruzeiro, neste domingo, em Uberlândia, porque os mineiros
diminuíram o ritmo no segundo tempo e Paulo Victor era o único comprometido em
evitar um vexame maior. A derrota deixou o time com sete pontos em nove jogos
e, no momento, na penúltima posição do Brasileiro.
Agora
serão 15 dias de férias e mais um mês de treinamentos para consertar os erros
cometidos nesta primeira parte da competição. - O time não jogou nada do
que pensávamos. Agora é descansar e refletir durante as férias para melhorarmos
- disse Luiz Antônio.
O
técnico Ney Franco sabia da importância da vitória para tirar o Flamengo da
zona de rebaixamento, e, assim, ter uma tranquila inter temporada durante a
Copa do Mundo. Sabia também da dificuldade que seria vencer o líder do
campeonato. Por isso, optou por uma formação mais defensiva, com Samir na
lateral esquerda, e três volantes no meio-campo. Porém, não foi suficiente
para conter o poder ofensivo do Cruzeiro. Apesar de ter imprimido marcação sob
pressão nos primeiros minutos e uma finalização de Negueba, aos 11 minutos, o
Flamengo foi mostrando suas deficiências com o passar do primeiro tempo. A começar
pelos erros de passes. Foi a partir de um, no caso de Alecsandro, que os
mineiros chegaram ao primeiro gol. Na sequência, Henrique, em posição legal
apesar de Samir ter parado para pedir impedimento, tabelou com Éverton Ribeiro,
que deu de cabeça para Ricardo Goulart abrir o placar, aos 15.
O
gol desmontou por completo o Flamengo, que afrouxou a marcação e continuou a
errar passes. Mais uma vez Alecsandro perdeu a bola, após tentar driblar meio
time do Cruzeiro na intermediária defensiva, e o time de Marcelo de Oliveira
saiu no contra-ataque. Éverton Ribeiro recebeu de Henrique na cara do gol e
ampliou aos 17 minutos.
A
diferença de qualidade técnica era exposta a cada jogada infrutífera do
Flamengo no ataque. Aos 27, foi a vez de o Cruzeiro errar a saída de bola e
Paulinho avançou, driblou a defesa mas chutou sem força para Fábio defender.
Aos 35, os zagueiros tentaram resolver, mas pararam na falta de talento. Chicão
lançou Samir, que isolou a finalização em chute cruzado.
Do
outro lado, o Cruzeiro chegou ao gol do Flamengo com extrema facilidade. Não
fosse Paulo Victor, o placar já teria sido ampliado. Mas nem sempre ele pôde
salvar. Aos 45, por exemplo, o time tocou sem marcação na grande área do
Flamengo e Ricardo Goulart concluiu forte. O goleiro espalmou, mas o rebote
ficou com Borges, que só tocou para fazer o terceiro.
JOGADORES
IRRITADOS
A
passividade rubro-negra irritou os próprios jogadores na saída para o
intervalo. - A gente não está marcando, está olhando o Cruzeiro jogar. Se
deixarmos o Cruzeiro tocar desse jeito, vamos continuar passando vergonha -
disse zagueiro Chicão.(O Globo)

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