O Ministério Público de Pernambuco
(MPPE) converteu em inquérito civil o procedimento que apurava denúncias
de irregularidades durante as provas objetivas do concurso da Polícia
Militar de Pernambuco. De acordo com o promotor de Justiça Eduardo
Cajueiro, a frente do caso, há relatos de “desorganização, em diversos
locais, no dia da aplicação das provas”.
O concurso é destinado a preencher 1,5
mil novas vagas na PM. A abertura do inquérito civil foi publicada no
Diário Oficial desta quarta-feira (18).
As investigações preliminares tiveram
início em maio do ano passado, cerca de um mês após a primeira fase do
concurso. No dia das provas, centenas de candidatos questionaram a
condução das provas, que teriam sido marcadas por atrasos, uso de
celulares, consultas a materiais didáticos e até uso de pontos
eletrônicos. Mais de 121 mil pessoas estavam inscritas no concurso.
Nas redes sociais, candidatos chegaram a
pedir a anulação das provas objetivas do concurso, mas a Secretaria de
Defesa Social (SDS) já afirmou que isso não será possível e informou que
tudo ocorreu dentro do previsto e sem incidentes.
Segundo os candidatos, outras
irregularidades foram constatadas durante as provas, entre elas o
não cumprimento dos horários estabelecidos no edital (alguns locais
iniciaram as provas às 9h, quando o correto seria às 8h15); portões
abertos para entrada no prédio às 7h45; vídeo mostrando candidatos
pulando muro/grade após o fechamento dos portões; prédio que faltou
energia e uso de celulares, resumos ou até mesmo apostilas na hora da
prova.
Presos durante concurso da PM: No
dia das provas objetivas, 13 pessoas, entre elas professores de cursos
preparatórios, foram presas suspeitas de envolvimento em esquema
criminoso para venda de gabaritos aos candidatos. No total, cada
interessado deveria pagar R$ 2 mil e, caso aprovado na seleção, pagaria
mais R$ 30 mil por meio de créditos consignados. Após um mês de
investigações, a Polícia Civil conseguiu prender a quadrilha durante as
provas e evitar essa fraude. (Via: Ronda JC)
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