BRASÍLIA - Fontes da Câmara dos Deputados e da área econômica do governo informaram ao Broadcast que está a caminho um acordo para a votação da reforma da Previdência
no Plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de
julho. O acordo está sendo costurado pelo presidente da Casa, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), e integrantes do governo.
Segundo interlocutores de Maia, a negociação ainda não está fechada,
mas há otimismo que a votação ocorra dentro desse prazo. A equipe
econômica, por outro lado, tem reforçado a necessidade de fazer a
votação para deslanchar as outras medidas de retomada do crescimento
econômico, entre elas o fim de dois monopólios estatais de refino e gás
natural.
A data da apreciação em plenário antes do recesso é
relevante inclusive por causa da reunião do Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central, marcada para os dias 30 e 31 de julho. A
avaliação é de que é importante que essa primeira votação já tenha sido
feita para dar uma sinalização ao Copom, que aguarda o avanço da reforma
para decidir sobre a redução da taxa de juros.
Ajustes. O relator da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou na quarta-feira, 19, que vai complementar seu relatório
e que apresentará as modificações na semana que vem, quando o colegiado
volta a se reunir para discutir o texto e pode votar o relatório. Os
pilares principais da reforma, como a idade mínima, devem ser mantidos,
garantiu Moreira.
Moreira não quis, no entanto, adiantar quais
outras mudanças acatará em seu parecer. "Estamos empenhados em melhorar
um pouco mais o relatório, pretendemos que ele passe na comissão",
disse.
O presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos (PL-AM),
afirmou que há "um apoio tranquilo" na Comissão Especial para aprovar a
reforma, mas que os líderes precisam ainda de mais mobilização para
garantir a aprovação do tema no plenário da Casa.
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