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A retirada da pontuação aconteceu de forma preventiva, com o pedido do
STJD a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que o resultado do
jogo não fosse homologado. Sem os pontos, o Palmeiras liderava a Série A
com 22, mas agora voltará a ter 25 - o Santos, atual segundo colocado,
tem cinco a menos, 20.
A decisão foi tomada por unanimidade. O relator do caso foi Décio
Neuhaus, que fez defesa do VAR lembrando lances como o pênalti não
marcado em Tinga em Corinthians x Internacional em
2005. Seu voto foi seguido pelo presidente Paulo César Salomão Filho,
vices Otávio Noronha e Ronaldo Piacente e auditores João Bosco Luz, José
Perdiz, Mauro Marcelo de Lima e Silva, Arlete Mesquita e Antôni
Vanderler. O sub-procurador Leonardo Andreotti também foi contrário à
impugnação.
Para o Botafogo, não cabe recurso da decisão em tribunais nacionais,
já que o Pleno do STJD é a instância máxima. O clube pode, porém,
recorrer à CAS (Corte Arbitral do Esporte), na Suíça.
O imbróglio
aconteceu em virtude do gol que deu a vitória ao Palmeiras sobre o
Botafogo, por 1 a 0, na sexta rodada do Campeonato Brasileiro. O tento
foi marcado pelo zagueiro Gustavo Gómez, após pênalti assinalado com o
auxílio do VAR, aos 16 minutos do segundo tempo.
Inicialmente, o
árbitro do duelo Paulo Roberto Alves Junior não assinalou o pênalti,
entendendo que o atacante Deyverson havia simulado. Após rever a jogada,
no entanto, viu toque do botafoguense Gabriel, marcou falta e retirou o
cartão amarelo do palmeirense.
A sessão do STJD revelou o áudio
da comunicação entre o juiz e a cabine do VAR. Nele, é possível ver
Paulo Roberto dizendo que Deyverson “se jogou” antes da revisão e o
pedido de Adriano Milczvski, que atuava como auxiliar de vídeo, para que
o jogo não fosse reiniciado.
A reclamação do Botafogo é de que a
reversão da marcação aconteceu depois de a partida já ter sido
recomeçada, violando, assim, a regra 5 da Fifa e o protocolo 8.12 do
VAR, que falam que uma decisão da arbitragem, para pênalti, não pode ser
revista após o reinício do jogo.
Paulo Roberto, que foi ouvido na
sessão como informante no caso, justifica que não recomeçou o jogo por
não ter apitado. “Toda situação de cartão amarelo e vermelho a regra diz
que tem que ser utilizado o apito. O Botafogo cobra rápido, mas eu não
tinha autorizado. Como diz que tem que ser a regra, eu não tinha
autorizado com o apito”, afirmou.
O Palmeiras foi representado na
sessão pelo advogado André Sica, auxiliado também por Osvaldo Sestário.
Já o Botafogo, por Anibal Rouxinol, gerente jurídico do clube.
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