A inclusão dos Estados e municípios na reforma da Previdência não é possível porque inviabiliza a reforma, disse na noite desta sexta-feira, 5, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"A
inclusão dos Estados inviabiliza a aprovação da reforma porque nós
temos de 50 a 60 deputados que hoje não votam a reforma com inclusão de
Estados e municípios. Os deputados mais próximos de alguns governadores
do Nordeste foram, inclusive, muito duros com os deputados que votaram a
favor", disse o presidente da Câmara, em evento da XP Investimento em
São Paulo.
Segundo Maia, também não há interesse mais objetivo dos
governadores em participar da reforma. "Nós entendemos que todos eles
podem fazer suas reformas nas Assembleias Legislativas de seus Estados.
Agora, neste momento incluir Estados e municípios na Câmara é correr o
risco de perdermos de 50 a 60 votos no plenário."
Ele reafirmou que quer garantir uma economia de R$ 950 bilhões em 10
anos com a reforma e que vai receber os líderes dos partidos já neste
fim de semana para organizar a votação da reforma da Previdência no
plenário da Câmara - ele planeja levar o tema à votação na terça-feira.
"Vou
receber alguns líderes para começar a organizar a votação, para que a
gente possa chegar já na terça-feira pela manhã com os números
organizados para votação da reforma", disse.
Situação dos policiais
Maia
também comentou a polêmica envolvendo os policiais que servem à União e
disse que se os brasileiros mais simples estão dando a sua parcela de
contribuição na reforma da Previdência, os policiais federais também
podem. "55 anos é uma idade boa, vamos ter bom senso", disse, em
referência à idade mínima já estabelecida para a categoria no texto.
O
presidente da Câmara lembrou que o presidente Jair Bolsonaro, que
chegou a se envolver na articulação em dos policiais, sempre defendeu a
categoria em seu período como parlamentar. "O que Bolsonaro precisa
entender é que ele é presidente de todos os brasileiros, não só dos
policiais."
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