© Gabriela Bilo/Estadão Conteúdo
Sob
pressão de associações da magistratura, do Ministério Público Federal e
das forças de segurança que preparam protestos nesta semana em algumas
capitais do país contra o projeto aprovado pelo Congresso que
criminaliza o abuso de autoridade, o presidente Jair Bolsonaro se reúne
cedo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para
discutir o assunto. Os dois têm audiência no Palácio da Alvorada e o PL
do abuso de autoridade é um dos temas da pauta.
Na sexta-feira, em Resende (RJ), para onde viajou com a finalidade de
acompanhar a cerimônia de entrega de espadins para cadetes da Academia
Militar das Agulhas Negras (Aman), Bolsonaro garantiu que, embora não
tivesse lido o projeto, vai suprimir uma parte da proposta aprovada pelo
Congresso. “Que vai ter veto, vai”, afirmou. Um dos trechos que não
deve passar é o que determina a punição de policiais por usa punição de
policiais por uso irregular de algemas. No fim de semana, Moro
encaminhou a lideranças do Governo na Câmara trechos de possíveis vetos,
entre os quais o artigo 26, que proíbe o agente de induzir.
um suspeito a cometer ato ilícito para, depois, prendê-lo.
Bolsonaro,
que teve agenda intensa no sábado, passou o domingo descansando no
Palácio da Alvorada. De manhã, publicou, em uma rede social, um vídeo
cavalgando na 64ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos (SP). O
presidente esteve na abertura do evento, no interior paulista, na noite
de sábado, onde assinou decreto sobre a avaliação de protocolos de
bem-estar animal, feitos por entidades promotoras de rodeios, pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e discursou e voltou
a afirmar que não fará demarcação de terras indígenas em seu governo.
Lá, ele também recebeu um diploma de homenagem da associação Os
Independentes, promotora da festa em Barretos.
Alfinetadas
No Twitter,
Bolsonaro voltou a comentar as eleições na Argentina. O presidente
Mauricio Macri, que foi eleito com uma pauta liberal, enfrenta graves
problemas econômicos. A chapa favorita, que ganhou as primárias com
folga é formada por Alberto Fernández e a ex-presidente Cristina
Kirchner. Fez duas postagens seguidas às 8h47. Na primeira delas, culpou
os adversários de Macri pela crise econômica. “Com o possível retorno
da turma do foro de São Paulo na Argentina, agora o povo saca, em massa,
seu dinheiro dos bancos. É a Argentina, pelo populismo, cada vez mais
próxima da Venezuela”, criticou. Na segunda, divulgou um trecho da
Bíblia, retirado de Provérbios 28:19. “Quem lavra sua terra terá comida
com fartura, quem persegue fantasias, se fartará de miséria.”
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