A privatização da Eletrobras e as
últimas medidas adotadas pelo Governo Michel Temer viraram alvos de
críticas do PSB em sua convenção estadual. O debate aprofunda ainda mais
a separação entre o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB),
responsável pela proposta de desestatização da empresa pública, e o seu
partido. As lideranças cobraram diálogo do Palácio do Planalto sobre a
questão e reclamaram do debate açodado que está sendo tocado.
Nos últimos dias, socialistas externaram
seu desconforto com o anúncio feito pelo correligionário, que contraria
bandeiras históricas do PSB. A Juventude Socialista Brasileira (JSB)
chegou a publicar no seu facebook um post contra o auxiliar ministerial,
que incluía a hashtag “Fora Fernandinho”.
Após ter consultado especialistas no
tema, o governador Paulo Câmara cobrou diálogo em torno da privatização e
seus efeitos no Nordeste. “Estou muito preocupado com a situação do
Brasil como um todo, com as soluções que estão sendo dadas e seus
encaminhamentos. Temos clareza de que o momento é difícil e de que
soluções precisam ser muito bem discutidas. O sistema elétrico
brasileiro é estratégico para o futuro do País. Eu estou muito
preocupado, conversando muito com as pessoas, pegando as informações.
Não vejo essas alternativas que estão dando como solução”, avaliou.
O prefeito do Recife, Geraldo Julio
(PSB), disse que o debate não pode ser feito de modo a prejudicar o
Nordeste. “A privatização não pode ser feita se não for bem discutida e
sem saber os resultados que vai gerar. Se for fazer para trazer prejuízo
para o povo nordestino, é melhor não fazer”, avaliou.
O presidente nacional do PSB, Carlos
Siqueira, afirmou que o partido não deseja “colocar sua digital no
governo Temer”. Após a cobrança, ele puxou, junto à militância, um coro
de “Fora Temer”.
O presidente estadual do PSB, Sileno
Guedes, afirmou que o sentimento majoritário do partido em Pernambuco é
em defesa da reeleição de Carlos Siqueira. O PSB de Pernambuco tem o
maior número de delegados no Congresso que escolherá o novo comando do
PSB, mas Siqueira é visto com ressalva pelo grupo dos Coelho. (FolhaPE)
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