Procurada para informar sobre os custos da viagem, a assessoria de imprensa do Planalto recomendou que a reportagem procurasse a Secretaria-Geral. A pasta do ministro Moreira Franco orientou que o jornal solicitasse a informação ao Ministério das Relações Exteriores e à FAB. Por sua vez, a FAB destacou que “o pedido de missão é da Presidência, que tem todas as informações de custos e passageiros”. A assessoria do Itamaraty informou que só ajudou na organização da viagem.
A reportagem do Estadão/Broadcast teve acesso a uma lista de 26 passageiros. Nessa relação prévia, consta que os deputados Zenaide Maia (PP-RN), Paulo Abi Ackel (PSDB-MT), Bilac Pinto (PR-MG) e Nilson Leitão (PSDB-MT) levariam suas mulheres.
Caravanas para o Vaticano bancadas pelos cofres públicos sempre causaram polêmica. Em 2013, a então presidente Dilma Rousseff gastou R$ 324 mil para acompanhar, juntamente com quatro ministros e assessores, a primeira missa do papa Francisco. A oposição a Dilma chamou a viagem de “mordomia”. Antes, em 2006, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou 13 pessoas, para o funeral do papa João Paulo II. O custo dessa viagem não foi divulgado na época.
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