BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta terça-feira, 18, a cobrança do despacho de bagagem em voos, após ter vetado a gratuidade prevista em medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional.
Bolsonaro respondeu ainda que, quem quiser levar mais de 10 quilos no
voo, que "pague" pelo serviço, referindo-se à regra que permite aos
passageiros levarem sem cobrança extra uma bagagem de mão.
Questionado
sobre o motivo do veto, Bolsonaro afirmou que "empresas menores
alegavam que seria um empecilho" a gratuidade da bagagem. A medida
barrada pelo presidente foi incluída pelo Congresso Nacional durante o
trâmite da Medida Provisória que autoriza investimento de até 100% de
capital estrangeiro nas companhias aéreas que operam rotas nacionais.
Até então, o limite era de 20%.
A
emenda previa que passageiros poderiam levar, sem cobrança adicional,
uma bagagem de até 23 kg nas aeronaves acima de 31 assentos.
O fim
da cobrança por bagagem não fazia parte do texto original da MP. Ao
incluir o dispositivo, os parlamentares argumentaram que os preços das
passagens não baixaram desde que as aéreas foram liberadas a cobrar por
bagagens.
Ontem, o Planalto informou que o veto da presidência "se
deu por razões de interesse público e violação ao devido processo
legislativo".
"Fiz uma conta para um avião com 200 pessoas, 20
quilos a mais cada uma, é um gasto a mais. O que acontece: eu sempre
viajei sem mala no avião, então eu estava pagando pelos outros", disse
Bolsonaro, que emendou: "Com todo respeito, vai fazer uma viagem, se
quiser levar mais de 10 quilos, pague, sem problema nenhum", disse.
Bolsonaro
também afirmou que as empresas "low cost" estavam esperando o veto à
gratuidade. "As empresas low cost eram as que queriam, para poder vir
para cá, ajudar na concorrência, que fosse vetado esse dispositivo",
concluiu.
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