O prefeito de Florianópolis Gean Loureiro (ex-MDB) foi preso na manhã desta terça-feira, 18, durante a Operação Chabu, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que vazava informações secretas de operações policiais em Santa Catarina. O grupo era composto por políticos, empresários e servidores da PF e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Policiais cumprem 23 mandados de busca e
apreensão e sete mandados de prisão temporária em Santa Catarina,
expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Além do
vazamento de informações a respeito de operações policiais, o grupo
também contrabandeava equipamentos contra inteligência para montar
“salas seguras” a prova de monitoramento em órgãos públicos e empresas,
de acordo com a PF.
Os crimes foram descobertos após as
análises dos materiais apreendidos durante a Operação Eclipse,
deflagrada em agosto de 2018. Segundo a PF, foram apuradas diversas
“práticas ilícitas”, que apontam a prática de “associação criminosa,
corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência,
corrupção ativa, além da tentativa de interferir em investigação penal
que envolva organização criminosa”.
Além do prefeito de
Florianópolis, também foram presos o delegado Fernando Caieron, da
própria Polícia Federal, e o ex-secretário estadual da Casa Civil
Luciano Veloso Lima. A operação ainda cumprirá outros mandados de prisão
ao longo do dia, além de promover busca e apreensão em endereços dos
suspeito.
A operação foi batizada de “Chabu” porque o nome
significa “dar problema, dar errado, falha no sistema”. “Usado comumente
em festas juninas quando falham fogos de artifício e empregado por
alguns dos investigados para avisar da existência de operações policiais
que viriam a acontecer”, destacou a PF em nota enviada à imprensa.
(Com Estadão Conteúdo)
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