O decreto em que o presidente Michel
Temer (PMDB) extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e seus Associados
(Renca) foi amplamente veiculado por jornais estrangeiros. As
publicações destacaram as criticas feitas pela modelo Gisele Bündchen e
por ambientalistas. Também chamaram a atenção para a extensão de 47 mil
metros quadrados da área, localizada na região amazônica, entre
os estados do Pará e do Amapá, que Temer liberou para a mineração.
O jornal britânico The Guardian afirmou
que o Brasil aboliu “uma grande reserva amazônica no ‘maior ataque’ em
50 anos”. A definição foi dada pelo senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), entrevistado pelo veículo. Segundo o Guardian, críticos alertaram para danos irreversíveis na região. Já o espanhol El País diz
que a medida abre caminho para permitir latifúndios e o corte de
árvores e lembra que o desmatamento aumentou nos últimos anos. Já o
americano The Washington Post diz que a medida de Temer foi recebida sob várias críticas.
O português Público disse que “Temer deixa ir as árvores em troca do ouro”. Posicionamento crítico também adotou o francês Le Monde, afirmando que “dez milhões de hectares da Floresta Amazônica estão abertos à exploração mineral”. A rede CNBC, dos Estados Unidos, destacou que o Brasil abriu uma área “duas vezes maior do que Nova Jersey” para a mineração.
A britânica BBC apontou que a reserva extinta por Temer era maior do que a Dinamarca. O alemão Deutsche Welle citou que a área tem extensão superior à da Noruega. O americano The New York Times destacou as respostas do governo à modelo Gisele Bündchen e afirmou que o território holandês caberia dentro da reserva.
O americano Bloomberg disse que
o governo não anunciou como planeja vender os direitos das terras para
empresas que estão interessadas em explorar os minerais. A CNN Money ressaltou
que o governo quer encorajar o crescimento econômico a partir da
liberação de 10% de todas as áreas protegidas de floresta para a
mineração. “A verdadeira escala da mineração no país não é conhecida,
porque operações ilegais e pequenas são difíceis de rastrear”, pontuou o
veículo. O árabe Al-Jazeera também foca o lado econômico da medida e
ressalta que o governo prometeu que as leis ambientais serão cumpridas.
Veja.com
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