Quem procurou, de última
hora, uma passagem de avião para Petrolina (PE) entre os dias (23) e
(24), ou saindo da cidade neste domingo (27), dificilmente deve ter
encontrado disponibilidade. Isso porque aproximadamente 500 pessoas
utilizaram o transporte aéreo para chegar ao Vale do São Francisco,
todas com o mesmo destino: o VI Congresso de Educação Física do Vale do
São Francisco (Cefivasf). As atividades tiveram início hoje, no Complexo
Multieventos, localizado no Campus Juazeiro (BA) da Universidade
Federal do Vale do São Francisco (Univasf), e continuarão até o próximo
sábado (26).
Promovido pelo Colegiado de Educação
Física (Cefis) da Univasf, o congresso é considerado o maior das regiões
Norte e Nordeste do Brasil. Este ano, o tema é “Educação Física no
Brasil: aplicações na escola, saúde e desempenho”. Ao todo, 987 pessoas
se inscreveram para o VI Cefivasf, entre graduandos, pós-graduandos e profissionais da área de Saúde, vindos de 21 estados de todas as regiões do país.
Serão apresentados 274 trabalhos
científicos, que concorrerão a premiações nas categorias Iniciação
Científica e Profissional, em um total de R$ 7,8. A programação do
Cefivasf conta com 71 palestrantes das áreas de Educação Física,
Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia; cursos de 23 módulos
temáticos, 32 mesas redondas, quatro conferências e apresentação de
trabalhos científicos.
Nesta edição do evento, também será
realizada a 2ª Corrida Cefivasf, amanhã (25), às 19h30, no Campus Sede
da Univasf, em Petrolina. Participarão da corrida 292 atletas, em quatro
categorias: individual masculino, individual feminino, professor ou
servidor da Univasf masculino e professora ou servidora da Univasf
feminino.
Os números da sexta edição do Congresso
apresentam um crescimento em relação a 2015, último ano em que foi
realizado. Na ocasião, foram 746 inscritos e 172 trabalhos apresentados.
Para o coordenador do evento e professor do Cefis, Ferdinando Carvalho,
esse crescimento pode ser atribuído a três fatores: a criação da
Pós-Graduação em Educação Física da Univasf, em 2015; a diversidade de
palestrantes do evento, vindos dos principais polos de estudo do país; e
a divulgação intensiva feita pela organização, que percorreu
aproximadamente 5,3 mil quilômetros com o propósito de anunciar o
Congresso.
Álvaro Reischak de Oliveira é professor
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e participa pela
terceira vez do Cefivasf. Ele ministrou uma palestra na manhã de hoje,
durante a mesa redonda sobre “Exercício físico para portadores de
doenças metabólicas”. Para o pesquisador, o Cefivasf é um momento único
de troca de experiências. “A função do congresso é reunir pessoas que
estão desenvolvendo projetos em lugares diferentes, para que a gente
possa trocar informações, nossos resultados e dados de pesquisas, fazer
correções de rumo e arquitetar parcerias”, afirmou Oliveira.
Cleene Tavares também é professora e
atua no curso de Educação Física da Universidade Regional do Cariri
(Urca), no Campus Iguatu (CE). Com ela, aproximadamente 23 pessoas,
inclusive estudantes, vieram de Iguatu para o Congresso. Hoje pela
manhã, Cleene assistiu à mesa redonda sobre “Promoção de estilos de vida
saudáveis na infância e adolescência”. “Eu coordeno um projeto de
extensão na Urca sobre exercício físico e intervenção em crianças
obesas. E essa palestra é importante para saber as novas estratégias de
intervenção que estão sendo usadas para promover esse estilo de vida
saudável nas crianças”, contou.
Já Gabriel Costa é aluno do primeiro
período de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN) e um dos mais de sessenta participantes que saíram de Natal
(RN) para o Cefivasf. Ele integra o Grupo de Pesquisa em Efeitos Agudos
e Crônicos do Exercício (GPEACE) e afirmou ter boas expectativas para o
evento. “Espero aprender muita coisa, não só me restringir à linha de
pesquisa em que estou atualmente, mas também aprender no geral, além de
conhecer novas pessoas”, comentou o estudante.
Segundo Ferdinando Carvalho, esse
encontro de vários estudantes, profissionais e pesquisadores no mesmo
espaço deve contribuir para os avanços na pesquisa em Educação Física.
“A gente vai ter uma discussão de alto nível de ciência. Quando a gente
envolve essas três categorias de pessoas, há uma grande possibilidade de
saírem encaminhamentos para melhorar a nossa área”, afirmou o
professor.(Ascom)
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