Em propaganda partidária centrada no ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, o PT defendeu na noite desta quinta (12) que ele sofre
perseguição política e que querem "impedir a sua candidatura em 2018".
No
fim da peça de dez minutos, Lula fala que "é hora de reconstruir nossa
democracia elegendo diretamente um novo presidente". "Nós, brasileiros,
somos capazes e vamos dar a volta por cima, mas isso não se faz tirando
direitos, cortando aposentadoria nem vendendo o país", diz.
Antes
da fala do ex-presidente, a publicidade exalta programas criados nos
governos petistas, como o Bolsa Família e o Mais Médicos, e diz que a
gestão Temer é um "retrocesso" e "quem mais perdeu com o golpe [como o
partido chama o impeachment de Dilma Rousseff] são os brasileiros".
A
narração cita cortes em programas sociais e em repasses para
universidades. Diz que "querem até entregar a Amazônia". Em determinado
momento, mostram pão sumindo de uma mesa de refeição.
"Eles querem
até tirar o seu direito de escolher um presidente, mas o povo não
esquece que mudou de vida justamente durante os governos do PT", diz a
senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do partido.
Em seguida,
passa para a defesa de Lula, que é réu em sete ações penais. Em uma
montagem, seleciona falas de apresentadores e repórteres de telejornais
da Rede Globo citando o ex-presidente.
Pessoas entrevistadas pela
propaganda passam a defender argumentos também utilizados pelos
advogados do ex-presidente, como o de que não há provas contra ele.
"Você já viu alguma prova contra o Lula? Não. Eu também não vi", diz uma
estudante identificada como Mariana Tripode.
"Já viraram a vida
de Lula de cabeça para baixo, da dona Marisa de cabeça para baixo, dos
filhos de Lula e ninguém acha nada", afirma um homem identificado como
Paulo Henrique.
"A tentativa desesperada em julgar Lula, sem
prova, é para impedir a sua candidatura em 2018", diz outra estudante,
Renata Marques.
Depois, em meio a imagens da transcrição da
conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista,
da JBS, e das malas de dinheiro atribuídas pela Polícia Federal ao
ex-ministro Geddel Vieira Lima, o narrador fala: "Lula mora no mesmo
apartamento há 20 anos: antes e depois de ser presidente. Diferente de
alguns políticos, Lula não enriqueceu, não tem conta na Suíça, não tem
gravação contra ele nem mala de dinheiro."
Além de ser um dos homens fortes de Temer, Geddel também foi ministro no governo Lula. Com informações da Folhapress.
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