Foto : Lucas Figueiredo / CBF |
O escritório de advocacia Fernandes e Abreu Advogados, contratado pela mulher que acusa o jogador Neymar de estupro,
rescindiu o contrato com a cliente. A alegação é de que ela havia
relatado agressão, sem mencionar estupro, no primeiro relato. O
documento de rescisão foi divulgado na noite desta segunda-feira pelo
Jornal Nacional.
O advogado José Edgar Bueno afirma que a suposta vítima não manteve a
primeira versão, que falava em sexo consensual. Segundo o escritório, a
mulher afirmou que “a relação mantida com Neymar Jr. foi consensual,
mas que durante o ato ele havia se tornado uma pessoa violenta,
agredindo-a, sendo esse o fato típico central (agressão) pelo qual ele
deveria ser responsabilizado cível e criminalmente”.
O escritório
afirma ainda que a “alteração na verdade dos fatos”, pode configurar
denunciação caluniosa (crime tipificado no Código Penal) e “incompatível
com os princípios norteadores da conduta dos membros do nosso escritório”. Eles afirmaram ainda que iriam
disponibilizar para a mulher o laudo médico particular que atesta as
agressões que ela teria sofrido de Neymar. Ainda segundo o escritório, a
mulher contratou um novo advogado e registrou o boletim de ocorrência
na sexta-feira, dia 31, e citou o fato em Paris como “estupro”.
A
atual representante da suposta vítima, Yasmin Pastore Abdala, contradiz a
versão dos advogados anteriores e afirma que sua cliente diz ao
ex-advogado que o jogador "a espancou e estuprou".
Reunião
O
escritório afirma ter feito uma reunião com representantes de Neymar na
última quarta-feira. “Feito o primeiro contato com os representantes do
agressor, por intermédio de uma reunião realizada em 29/05/2019, foi
rechaçada qualquer possibilidade de acordo extrajudicial na esfera cível
por parte dos representantes de Neymar Júnior, que menosprezaram o
ocorrido, lamentavelmente.”
O advogado Gustavo Xisto, que defende
Neymar, confirma a reunião, mas revela a solicitação de uma compensação
financeira por parte da minha vítima.
"Como já revelado pelo sr.
Neymar mais cedo na imprensa, de fato foi realizada uma reunião no dia
29 passado, em sua residência na cidade de São Paulo, em que estiveram
presentes dois dos seus advogados, uma outra testemunha e o advogado que
representava os interesses da suposta vítima. Na oportunidade foi
solicitada uma compensação financeira (“cala boca”) para que a suposta
vítima não relatasse as alegadas agressões às Autoridades Policiais. Na
oportunidade não foi apresentado nenhum laudo médico, tampouco vídeo,
apenas fotografias".
Neymar foi intimado a depor por causa da
divulgação de conversas íntimas entre ele e uma mulher que acusa o
jogador de estupro. A exposição desse tipo de material, sem o
consentimento da vítima, é proibida.
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