A Executiva Nacional do PDT decidiu abrir processos disciplinares contra a deputada federal Tabata Amaral (SP) e outros sete integrantes da bancada do partido que votaram a favor da reforma da Previdência.
Todos estão suspensos de suas representações partidárias até a
conclusão dos processos. Estima-se que a sigla levará até 60 dias para
decidir se os políticos serão punidos.
Os deputados suspensos não poderão se manifestar em nome do partido
nem participar de comissões da Câmara. O Diretório Nacional do PDT havia
fechado questão, em março, contra a votação da reforma da Previdência
apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro. Desrespeitar uma decisão da
sigla nessas circunstâncias pode acarretar até na expulsão dos
dissidentes.
Em nota, o PDT informou que a Comissão de Ética
abrirá espaço para a ampla defesa dos deputados. O órgão irá preparar um
relatório que, em última instância, será discutido pelo pleno do
Diretório Nacional.
Além de Tabata, estão suspensos os deputados Alex
Santana (BA), Subtenente Gonzaga (MG), Silvia Cristina (RO), Marlon
Santos (RS), Jesus Sérgio (AC), Gil Cutrim (MA) e Flávio Nogueira (PI).
Ao todo, o PDT conta com 27 deputados.
Tabata foi a sexta
deputada mais bem votada em São Paulo, com 264.450 votos. Antes de votar
a favor da reforma, ela chegou a ser cogitada como um possível nome do
PDT para a disputa da Prefeitura na capital paulista.
A expulsão da deputada foi defendida publicamente por nomes importantes do partido. Ciro Gomes, terceiro colocado na eleição presidencial de 2018, afirmou que ela “deveria ter a dignidade de sair”.
Em sua defesa, Tabata publicou artigo no jornal Folha de S.Paulo, no domingo, 14, em que declarou que
a “boa política não pode ser dogmática” e que vinha sofrendo
perseguição política por sua posição a favor da reforma da Previdência.
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