À espera de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
que anule a eleição suplementar do Amazonas, o governador interino,
David Almeida (PSD), resiste em transmitir o cargo para o eleito pelas
urnas em agosto, Amazonino Mendes (PDT) e seu vice Bosco Saraiva (PSDB).
Diplomado na última segunda-feira (2) pelo Tribunal Regional Eleitoral,
Mendes entrou com mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça
para que a Assembleia Legislativa o emposse imediatamente. A data
inicial marcada pelo Parlamento para que se iniciasse o mandato-tampão
de Amazonino Mendes era 10 de outubro.
No cargo desde nove de maio
último, quando o Tribunal Superior Eleitoral cassou o mandato de José
Melo (Pros) por compra de votos, David Almeida ainda espera que o STF
reveja a decisão do TSE e determine a realização de eleição indireta, em
que o novo governador seria escolhido pelo plenário da Assembleia.
Com
o apoio da maioria dos deputados, Almeida tem a expectativa de
permanecer na cadeira de governador com os votos de seus colegas de
Casa. A previsão é que os ministros do Supremo avaliem os recursos nessa
quinta (5).
Segundo a decisão do desembargador Djalma Martins da Costa, do TJ do Amazonas, a posse de Amazonino Mendes
tem que ocorrer até as 14h desta quarta. Aliado de David Almeida, o
presidente do Parlamento, deputado Abdala Fraxe (Pode), entrou com
recursos junto ao STF para que a sentença do desembargador seja anulada.
Correligionários
de David Almeida e Amazonino Mendes fazem protestos na frente do prédio
da Assembleia Legislativa. A maioria dos parlamentares já se encontra
no plenário. Os membros da Mesa Diretora, responsável por abrir a
sessão, estão ausentes.
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