O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse
nesta quarta-feira (4) que o plenário da Casa pode reverter cautelares
impostas a Aécio Neves (PSDB-MG) se o STF (Supremo Tribunal Federal)
decidir mantê-las.
"Se a posição do Supremo for manter, é natural que o Congresso delibere", disse.
A
declaração ocorre um dia depois de o Senado adiar para o próximo dia 17
a análise de um ofício que pode reverter as determinações impostas pela
Justiça a Aécio.
Senadores
decidiram aguardar o resultado de um julgamento marcado pelo STF para o
dia 11 de outubro. Está na pauta da corte a análise de uma ação direta
de inconstitucionalidade que pede que medidas cautelares impostas a
parlamentares passem pelo aval do Congresso.
O caso tem impacto direto na situação de Aécio.
A
primeira turma do STF proibiu o tucano de exercer atividades
parlamentares e de deixar sua casa do período da noite. "Eu passei o dia
todo conversando com a ministra Carmen Lúcia e os parlamentares com
influência na Casa para que a gente esperasse a decisão, já que ela
antecipou a pauta [para o dia 11], dando ao pleno a condição de rever
uma posição de alguns de seus membros. Se o Supremo não tomar a decisão,
a matéria está pautada para o dia 17", disse Eunício.
"Se o supremo tomar uma decisão que não necessite mais essa dúvida, obviamente essa matéria fica prejudicada", acrescentou.
REFORMA POLÍTICA
Eunício
comemorou ainda a aprovação de uma PEC (proposta de emenda à
Constituição) que cria cláusula de barreira para partidos e impõe o fim
das coligações a partir de 2020.
O texto, única medida aprovada
pelo Congresso até o momento no âmbito na reforma política, deve ser
promulgado pelo Senado na tarde desta quarta-feira (4).
Eunício
disse ainda ter conversado na noite de terça com o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), para fazer um acordo sobre aprovação de um fundo
de financiamento de campanhas eleitorais.
O peemedebista se
dispôs a negociar com o Palácio do Planalto vetos parciais ao projeto
para que a Câmara aprove ainda nesta quarta o texto.
Para terem
validade nas eleições de 2018, as modificações legislativas precisam
estar sancionadas ou promulgadas até o próximo sábado (7).
Eunício
avalia que se a Câmara alterar o texto do fundo, isso obriga uma nova
análise pelos senadores e não haverá tempo para a proposta ser válida em
2018. Com informações da Folhapress.
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